Susana Leitão

Há precisamente 3 anos estava a correr a minha primeira maratona. Após uma serie de dois anos a apostar nos 21 e nos 10 km, aventurei-me na distância rainha da corrida de estrada. Fui feliz, muito feliz a correr os 42,195 km. Naquele dia tive a certeza que aquela era a minha distância.  

Meses depois chegou o Covid. Ainda treinei duro durante o primeiro confinamento apesar do vazio que as provas foram deixando. Das saudades do "tudo ao molho" das partidas e da sensação de plena felicidade das chegadas. 

Infelizmente o segundo confinamento acabou com a réstia de força que tinha em mim. Cai na preguiça, na gula, no sofá, no medo... Restavam-me as memórias das alegrias de há tão pouco tempo. E para as esquecer, ou disfarçar a falta de vontade, caia na gula, no sofá, no medo, na ansiedade. Era um ciclo vicioso, que quase me levou. 

Com ajuda das pessoas certas, e Deus sabe como elas foram e são as certas, fui-me erguendo aos poucos. Entre trambolhões e tropeções lavantei-me e ergui a cabeça.
É muito difícil aceitar o recomeço, penso: "porra, ainda há 3 anos corria 42 kms e agora para correr 6 km vejo-me aflita." É um caminho diário e um treino mental e emocional.

Hoje, o peso está a voltar ao normal e os treinos foram retomados com regularidade. E aqui tenho de agradecer à @nutripventura e ao @ptcoach_claudiobolanho do Performance por nunca terem desistido de mim. Por me terem dado o espaço e o tempo até que me sentisse pronta para avançar.   

Grata a todos os que me agarraram e ajudaram a erguer de novo!